JUVENTUDE
Entre o verde andava e nele se escondia
Boêmia nele comia e nele crescia
Feia e rastejante, odiada por uns
E desejada por outros, foi lutando
Buscou a vida em cada dia
Pelas plantas subia e descia
E não esperando bem algum
Aguardou que o tempo fosse passando
Chegou o dia em que parou
Lenta se enclausurou
Sonolenta repousou
E mais uma vez esperou
Muito foi o tempo que passou
Em seu casulo onde se isolou
Muito foi o perigo que enfrentou
Nas horas e minutos que aguardou
Chegou porém o momento almejado
E a espera foi recompensada
No que se transformou a lagarta
A todos deslumbrou
Fora do casulo abandonado
A larva era renascida
E à colorida mata
Mais cor acrescentou
Como borboleta vôo alçou
Elegante e bela se elevou
Alegre e sedutora
Dos olhos fez-se namorada
Um novo mundo lhe nasceu
Entre as flores que habitou
E como sinfonia dançante
Trouxe mais vida à vida
HTSR/008204021982