Quem sou eu

Uma entidade difícil de definir pelo formalismo lingüístico. Entretanto, enquanto sujeito, defendo a liberdade de crítica e pratico a crítica da liberdade. Conseqüência: caminhar sobre o "fio da navalha" buscando o equilíbrio entre a transgressão e a disciplina, entre o rigor e a suavidade; tendo como "sol", a iluminar-me e a apontar-me o horizonte, a emancipação conferida pela reflexão ética e como forma primeira de expressão: a poesia.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Meu Bom Dia

JUVENTUDE

Ao romper da manhã, longe cantam os galos.
Com a brisa fresca e suave,
Que ao meu peito refrigera,
Me vem de ti a lembrança suave...

Por entre a caqueirada do meu quarto
Desfila solta e leve a tua imagem,
No orgulho juvenil do teu ser vegetal
Como vistosa flor em miragem.

Ah... quase penso que sonho!
Mas desta vez acordado estou,
Sei que é mais uma doce visão
Do insano noivo que sou.

Porém, é tão bom sonhar!
Recordar em mística saudade
Os mais lindos momentos do amar
Como se tudo fosse verdade!

Te adoro e sofro com a saudade!
Ao mais leve fechar dos olhos meus
Imagino-te a abraçar-me,

Unindo teus lábios aos meus...

Lembro-me de agradáveis ensejos
Em que nos amando a sós,
Sob a égide do desejo
A luxúria reinava sobre nós!

Revejo, então, teus lindos seios.
Tuas pernas sensuais e macias.
Tuas mãos leves e os finos dedos...
Que delícias de memórias!

E nesta triunfal manhã,
Reinas como nova rosa,
Exalando teus florais perfumes
Fazendo-me cantar-te em prosa.

Ainda que inverne e lá fora chova
Com tua terna figura acordar
Aquece-me como o sol de verão

Neste “bom dia” que me vens dar!

HTSR/010906061984

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