Quem sou eu

Uma entidade difícil de definir pelo formalismo lingüístico. Entretanto, enquanto sujeito, defendo a liberdade de crítica e pratico a crítica da liberdade. Conseqüência: caminhar sobre o "fio da navalha" buscando o equilíbrio entre a transgressão e a disciplina, entre o rigor e a suavidade; tendo como "sol", a iluminar-me e a apontar-me o horizonte, a emancipação conferida pela reflexão ética e como forma primeira de expressão: a poesia.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sem Título

JUVENTUDE

Eis que vejo as nuvens que passam
Para onde elas vão? Não sei!
Sei, apenas, que passam...

Divago meus olhos pela areia
Onde muitos sonhos me nasceram
E agora são apenas poeira.

E no piso de conchas fragmentadas
Se encontram os cacos das ilusões
E os pedaços de minha vida partida

Esta vida que antes me aquecia o coração
E agora nele se esfria,
Pois de tudo já perdeu a noção.

Alegrava-me o azul do mar,
Hoje, turva-me a vista

Tal qual um lacrimejar.

Mas para que servem as lágrimas
Senão para lavar os olhos?
São apenas lágrimas...

A dor corroi-me a alma,
No entanto a gota que de meus olhos verte
É apenas uma lágrima!

Quisera ser como nuvem passageira!
Seria simplesmente visto passando.
Uma fútil presença ligeira...

Vagaria pelos céus infinitos,
Sem por ninguém ser ouvido,

Onde pranteiam os meus gritos...


HTSR/010508011984

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