Quem sou eu

Uma entidade difícil de definir pelo formalismo lingüístico. Entretanto, enquanto sujeito, defendo a liberdade de crítica e pratico a crítica da liberdade. Conseqüência: caminhar sobre o "fio da navalha" buscando o equilíbrio entre a transgressão e a disciplina, entre o rigor e a suavidade; tendo como "sol", a iluminar-me e a apontar-me o horizonte, a emancipação conferida pela reflexão ética e como forma primeira de expressão: a poesia.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Beijo Mais Íntimo

JUVENTUDE

Cobriu-se de sangue minhas faces...
Ao longe, o marulhar das ondas
Sincronizou com o cantar das aves
Naquela hora iluminada!

Estremeci de tanto amor e tanta glória!
Minha alma de alegria cingida,
Poetizou outros versos, novamente,
De luzes e venturas, aqui na vida.

Como se ao Olimpo tivesse eu ido,
Senti-me nas mãos de Afrodite!
Inquietei-me como um rio na montanha
Queimada pelo fogo do horizonte.

Nunca flamejou tanto um corpo!
Que êxtase mágico eu vivi.
Naquele lúbrico momento

Que do ósculo o mistério senti!

Louco suceder de felicidades!
Amor e sonho num só momento.
A garça fugindo e o vôo ficando,
Delirando a alma de encanto!

Substanciando-se os desejos,
A vida sorriu-me ao peito
Afogueada no frescor
Da alegria em pranto!

Ensejo lascivo de rubor!
Minha virilidade umedecida,
Envolta no oral calor
D’uma ninfa apaixonada!

Dos beijos foi-me o mais íntimo!
Senti não só o instante,
Mas vivi a eternidade
Num momento de completude!...


HTSR/011013071984

Nenhum comentário:

Postar um comentário