Quem sou eu

Uma entidade difícil de definir pelo formalismo lingüístico. Entretanto, enquanto sujeito, defendo a liberdade de crítica e pratico a crítica da liberdade. Conseqüência: caminhar sobre o "fio da navalha" buscando o equilíbrio entre a transgressão e a disciplina, entre o rigor e a suavidade; tendo como "sol", a iluminar-me e a apontar-me o horizonte, a emancipação conferida pela reflexão ética e como forma primeira de expressão: a poesia.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Dia Seguinte

JUVENTUDE
Em memória de 25 de Abril de 1984


À minha memória de hoje
Subitamente, lembro-me de ontem
O povo débil gritando: é hoje!
Num anseio já de ontem.

Num arrepio de emoção
Os vejo ondular, fugir,
Patrioticamente cantando
A justiça do porvir!

Não sei ainda, com razão,
Em minha análise indireta
O que essas vozes tanto querem

Com roucos gritos em passeata

A lembrança violenta do duro
Mescla-se a visão flexível da massa
Extasiada no labor da campanha
Que uma fantasia pátria abraça!

Agora! Já! Clama a turba
Na óbvia forma de ser direto
Ignorando as vantagens indiretas
Dos que os mantem em encanto

O hoje é o dia de ontem
Mas o ontem não é eterno
E multidões em marcha prosseguirão

Por um hoje de direito pleno...

HTSR/010704061984

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